... E o relógio foi mesmo «inaugrado»... :
Também ontem foi assinalada a entrada em funcionamento do relógio mecânico da torre do quartel (do Carmo), avariado há vários anos e só agora restaurado por um profissional.
Gina Pereira, JN
Friday, April 25, 2008
Thursday, April 24, 2008
Inauguração do Relógio do Carmo restaurado
O exemplar que agora é devolvido à cidade, devidamente restaurado e reparado, é um relógio francês do final do séc. XIX, início do séc. XX, da firma Prost Frères, mais tarde adquirida por Francis Paget et Cie. Tanto a primeira como a segunda assinavam as suas obras com “P. F.”, iniciais que se podem ver nos suportes do mecanismo. A chamada relojoaria grossa, monumental, de torre ou pública teve forte tradição na região francesa do Jura, nomeadamente em Morèz, uma pequena cidade junto ao rio Bienne, onde a Prost Frères e depois a Francis Paget estavam instaladas. Portugal foi um bom cliente da relojoaria grossa e média de Moréz du Jura, havendo dezenas, se não centenas de exemplares desse tipo espalhadas pelo país.
O Convento do Carmo já tinha tido relógio, antes da instalação deste exemplar. Nos Arquivos da Câmara de Lisboa encontra-se um contrato assinado em 1872, onde um grande relojoeiro do séc. XIX português, Veríssimo Alves Pereira, se compromete a aproveitar e a concertar algumas peças de um antigo relógio do Convento que, tal como este, assinalava as horas e as meias horas. O bater das horas do Carmo é citado em dois trechos de A Relíquia, de Eça de Queiroz, (1887). Desta antiga máquina, não há hoje rasto.
No século XX há indicação de que o relógio do Carmo era importante para a comunidade do pequeno comércio que fazia da zona o bairro mais chique da cidade. O seu bater de horas regulava o abrir e fechar de taipais, a ida para almoço de caixeiros e patrões. Sabe-se que uma associação de comerciantes da Rua do Carmo teve durante décadas a seu cargo a manutenção do relógio, que depois ficou parado. Hoje, é devolvido à Baixa mercê do trabalho de recuperação e restauro de Luís Cousinha, neto de um outro grande construtor de relojoaria grossa do século XX português, Manuel Francisco Cousinha.
O Convento do Carmo já tinha tido relógio, antes da instalação deste exemplar. Nos Arquivos da Câmara de Lisboa encontra-se um contrato assinado em 1872, onde um grande relojoeiro do séc. XIX português, Veríssimo Alves Pereira, se compromete a aproveitar e a concertar algumas peças de um antigo relógio do Convento que, tal como este, assinalava as horas e as meias horas. O bater das horas do Carmo é citado em dois trechos de A Relíquia, de Eça de Queiroz, (1887). Desta antiga máquina, não há hoje rasto.
No século XX há indicação de que o relógio do Carmo era importante para a comunidade do pequeno comércio que fazia da zona o bairro mais chique da cidade. O seu bater de horas regulava o abrir e fechar de taipais, a ida para almoço de caixeiros e patrões. Sabe-se que uma associação de comerciantes da Rua do Carmo teve durante décadas a seu cargo a manutenção do relógio, que depois ficou parado. Hoje, é devolvido à Baixa mercê do trabalho de recuperação e restauro de Luís Cousinha, neto de um outro grande construtor de relojoaria grossa do século XX português, Manuel Francisco Cousinha.
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Friday, April 18, 2008
Relógio do Convento do Carmo / Comando Geral da GNR
No âmbito das comemorações oficiais do 25 de Abril, o Comando Geral da Guarda Nacional Republicana leva a efeito nas suas instalações, no Convento do Carmo, em Lisboa, uma cerimónia de inauguração do relógio de torre ali instalado, e recentemente restaurado.
Na ocasião, será proferida uma intervenção sobre a relojoaria grossa na capital e, particularmente, sobre esta peça originária de Morez du Jura, França, que marcou durante décadas o tempo colectivo de parte da Baixa pombalina, nomeadamente do seu comércio.
A cerimónia ocorre a 24 de Abril, pelas 16h00, com entrada livre, pela Porta de Armas do Quartel do Carmo.
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